quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Forgotten Tales - Fúria dos Deuses - Ato I: Decaindo - 5ª parte

Oghma sentou-se num dos bancos da igreja de Tyr, na terceira fileira. Apoiou seus braços no encosto do banco da frente, e suspirou.

Os Primógenos jamais tinham agido contra os deuses do Mar Astral. A própria existência deles já tinha sido quase esquecida pela maioria. Mas agora eles voltaram, e supostamente com uma mensagem de Ao. Seria esta mensagem verídica? Francamente, Oghma não sabia. Ao jamais tinha agido daquela forma, e ainda que quisesse mesmo destruí-los, jamais precisaria dos Primógenos para isso. Mas era possível que fosse verdade? Sim. Talvez a grande questão não fosse porque Ao não os destrói pessoalmente, se esta é mesmo a sua vontade, mas porque ele escolheria fazê-lo pelos Primógenos.


(A Cinosura, algumas semanas atrás)

Aquela planície árida tornou-se o lugar da assembléia dos deuses sobreviventes. Um terreno neutro, onde eles poderiam buscar as respostas para aquele caos iminente que assolava os reinos do Mar Astral.

Tempus, Sune, Gruumsh, Amaunator, Selûne, Shar, Lolth, Bahamut, Torm, Chauntea, Bane, Moradin, Corellon e Silvanus estavam ali. Os demais, talvez mortos, talvez em batalha, talvez se escondendo. O que eles sabiam era simples: nenhum deles tinha poder suficiente para vencer aquela guerra. E ainda assim, suas energias pareciam reduzir a cada segundo que se passava.

Ainda que Ao quisesse mesmo fazer um mundo totalmente novo, e sua vontade fosse soberana, a idéia de se entregar calmamente para a morte não parecia agradável à nenhum deles - senão à Eldath, que pelos boatos, não ofereceu qualquer resistência ao seu algoz. Ainda que o Grande Ao entendesse que o tempo dos deuses havia se encerrado, todos queriam ter direito à defesa.

Antes, entretanto, que pudessem planejar qualquer coisa, os céus da Cinosura encheram-se de Servos de Ao. À frente deles, Aonzara - ou Zarael -, o mais poderoso dos Primógenos, Filho de Ao. A sua simples presença no campo de batalha já deu aos deuses à noção de que aquele seria o fim. Aonzara era o cumpridor das ordens do Grande Ao, e seu poder era estupendo.

O líder dos Primógenos ainda apelou aos deuses se entregassem, mas aquela não era uma opção viável. Eis então, que as duas frentes de batalha se chocaram. Todos os deuses avançaram na direção de Aonzara. Se aquela luta pudesse ser vencida, sem dúvida o início da vitória estaria na derrocada do Grande General adversário. Mas o poder daquele Primógeno, como já foi dito, é estupendo. Com apenas um único golpe, foi capaz de lançar os deuses da Cinosura até Faerûn.

Tempus, Sune, Amaunator e Selûne caíram como cometas sobre Suzail. No encalço deles, a destruição.

(continua...)


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