Forgotten Tales - Fúria dos Deuses - Ato II: Mortalidade - 5ª parte

Oghma avistou uma pequena casa no alto de uma colina no Vale do Vento Gélido. Os demais estavam ali, ele podia sentir. Por um instante, o deus mago suspirou e tomou em suas mãos o amuleto que aquele Dragão lhe entregara.

"Mantenha este item contigo, mortal." Disse o Dragão. "Se aceitares o que te proponho, então te ajudarei contra teus inimigos na hora derradeira."

"Vós não podeis vencê-los sem mim."

Eles seguiram viagem após serem ajudados por aquele elfo drow. Algum espírito maligno havia tomado o guardião de Gond, e a explosão provocada pela rachadura em sua carrapaça causou uma reação em cadeia. A última coisa que eles se lembravam era de um enorme clarão, e depois, escuridão.

O mais curioso naquele jornada foram as sensações que os deuses experimentaram pela primeira vez em suas existências. Sentiam muito frio, e tinham dificuldade para seguir a caminhada. A boca, seca, tinha desejo de saciar a elementar sede, algo que a maioria deles jamais soube o que era.

Seus servos oravam muitas vezes, pedindo a eles que os ajudassem em provações como estas. Até aquele momento, nenhum deles havia considerado a dificuldade que estava presente naquela situação. Tempus considerou honrado o mortal que sobrevive a tais provações, pois aquela era uma verdadeira batalha contra a própria mortalidade.

Após algumas horas de caminhada, eles finalmente chegaram a um pequeno vilarejo. O elfo drow que lhes ajudara havia lhes dito que o ancião daquele lugar saberia como retornar a Grande Geleira - o que, para qualquer outro, seria um suicídio.

"Alto lá, viajantes!" Disse o robusto bárbaro, com enorme barba e forte sotaque, que fazia as vezes de guarda daquele vilarejo. "Quem sois vóis e qual o interesse vos traz ao nosso kylä?"

O deus da guerra deu dois passos à frente, e disse: "Eu sou Tempus, deus da guerra e senhor das batalhas".

O bárbaro riu.

(continua...)