Terras de Cormyr, Picos da Tempestade, Kythorn, 10º dia, 1479, C.V., Ano do Sem Idade.
Ele entrou no quarto e começou a arrumar suas coisas. Partiria o mais rápido possível. Nunca pensou que houviria aquele nome. Sem dúvida alguma, se fosse realmente verdade, então Faerûn poderia estar vivendo o final dos tempos. Ele não estava ciente da exata natureza daquele monstro, mas sabia que não poderia ser derrotado em batalha, nem mesmo por todo o exército de Cormyr. Além disso, ele tinha recebido um aviso. Não havia porque duvidar. O próprio Torm foi quem o havia alertado, e sua mensagem não foi de guerra, mas para que Olaf se preparasse.
Teria Olaf sonhado apenas? Estaria ele delirando? Não...foi de fato o seu Senhor que lhe aparecera durante à noite. E agora o mestre anão estava partindo rumo à Chessenta. Sabia que seus irmãos da Fortaleza do Guardião precisariam da sua ajuda. Se o fim era inevitável, então o mestre anão queria morrer lutando, como um verdadeiro e digno servo de Torm.
“Mas se preparar para quê?”, pensou Olaf. Estaria de fato a morte sob o seu crânio, suspensa e pendente como uma inevitável guilhotina? Ou haveria uma forma de escapar daquilo?
Olaf preferia acreditar que talvez o fim não fosse tão iminente. Independente do que realmente fosse acontecer, entretanto, estava decidido a morrer lutando em nome de Torm. Como ele costumava dizer, a Sua justiça não falha. Chega sempre na hora certa. Lhe cabia assim, ganhar algum tempo para o seu deus.
Ademais, ele já havia morrido uma vez e voltara a vida graças ao seu Senhor Torm. Se o seu sacrifício fosse exigido agora, ele não poderia reclamar. Estava em dívida.
(continua...)
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