domingo, 13 de junho de 2010

Forgotten Tales - "Forgotten Signs" - Prólogo - Ato 1

Chessenta, Povoado de Tyrvassa, próximo ao Lago Methmere, Kythorn, 27º dia, 1479 C.V., Ano do Sem Idade.


Uma catástrofe. Damodaran já tinha perdido vários amigos naquele terremoto, mas não imaginava que sua devastação tivesse alcançado tantas cidades. Ele estava acompanhando os feridos que foram retirados dos escombros do templo. Ao chegar na cidade mais próxima, entretanto, acabou tendo que cuidar de uma multidão de habitantes locais e peregrinos, que também se feriram na tragédia.

Artrong encontrara sua mestra, mas sua amada não estava com ela. Esmeralda o levaria até Crystal e ao seu filho, mas aquele terremoto adiou o encontro. Eles conversavam dentro da taverna quando a catástrofe ocorreu, e imediatamente trataram de socorrer as pessoas que haviam ficado soterradas. Por mais saudade que Artrong tivesse de Crystal, não pode deixar de pensar em quantas pessoas precisariam de ajuda naquele momento. Quantos poderiam ter perdido seus amores para sempre. Ele poderia adiar o encontro com o seu durante mais alguns dias.

Olaf, Maximus, Livorn e Herthanael descansavam da longa viagem, quando o terremoto ocorreu. O número de mortos e feridos naquele pequeno povoado era consideravelmente grande, e pouco tempo após o desastre, inúmeras outras vítimas, de regiões vizinhas, começaram a chegar. Os seguidores de Torm resolveram ajudar, enquanto Livorn fazia suas orações à Kelemvor para que recebesse no outro mundo as vítimas fatais.

Os quatro viajantes conheceram o eladrin naquilo que outrora fora uma taverna, e agora servia como abrigo para os feridos. Herthanael e Livorn, que haviam vivido durante muito tempo de suas vidas élficas próximo à Floresta de Cormanthor, reconheceram as vestes e o símbolo que o eladrin usava como sendo dos Aeldae, a guarda real de Myth Drannor. O guerreiro estava muito longe de casa.

A chegada de Damodaran ao povoado causou um certo espanto na população local. A maioria daquelas pessoas eram humildes, e não conheciam o mundo fora dos arredores daquela região. Para eles, os minotauros eram criaturas hostis. Os clérigos de Torm que acompanhavam Damodaran explicavam para os que se aproximavam que o runepriest era aliado daquela gente e servo de Torm, mas as palavras não foram suficientes para fazer o dono da taverna permitir a entrada do minotauro.

Foi preciso que Maximus intervisse, usando sua diplomacia, para que o taverneiro se convencesse de que, como clérigo, o minotauro poderia ajudar aquelas pessoas. E, de fato, suas habilidades de cura acabaram conquistando a confiança dos locais. Logo, todos aqueles que tinham conhecidos em estado grave, se enfileiraram diante de Damodaran. Ele não estava acostumadado com toda aquela sociabilização, mas entendia que a tragédia havia transformado aquela circunstância em algo necessário. Por enquanto.

Em um dos poucos cômodos que restaram intactos, 04 sacerdotes de Torm, entre eles Oriseus, se reuniam. Pareciam discutir a origem daquela catástrofe. Olaf também estava preocupado. Imaginava se aquele terremoto tinha alguma ligação com os seus sonhos.

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Os seis partiram rumo ao que antes era o templo de Torm. Cada um deles tinha uma razão para se opor aos Zentharim. Os servos de Torm, que eram a maioria, sabiam que aquele grupo representava todos os valores opostos aqueles defendidos pela sua igreja. Entretanto, talvez nenhum deles tivesse uma razão tão pessoal quanto Livorn. Quando o sacerdote de Torm disse o nome “Zentharim”, um turbilhão de memórias e emoções veio à tona. O elfo quase torcia para que o seu inimigo estivesse lá.

Oriseus os acompanhava. Poucos conheciam o que era o Tarrasque. E o clérigo também não queria alarmá-los tanto. Sabia que aquele desafio estava aquém das capacidades de qualquer um deles. De qualquer um, pensou. Talvez Elminster...se ainda estivesse vivo.

Artrong, no entanto, tinha idéia do que era o Tarrasque. Se Livorn tinha seu passado com os Zentharim, e os servos de Torm o compromisso com os dogmas de sua divindade, Artrong sabia que aquela criatura representaria, muito provavelmente, a destruição e o caos em proporções nunca antes vistas. Se ele pudesse de alguma forma ajudar a impedir a libertação daquela fera, estaria preservando a vida de milhões de inocentes. Entre eles, o seu grande amor Crystal, e o seu filho.

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Eles não estavam sozinhos. Os sacerdotes que haviam ficado de guarda naquela porta, haviam sido de alguma forma enfeitiçados por algum tipo de magia divina. Por algum tipo de magia divina poderosa. Alguém estava ali dentro das catacumbas. A maior preocupação de Oriseus, é como eles teriam conseguido passar por aquela porta. Era impossível sem o ritual apropriado. E ele era o único sacerdote vivo que o conhecia, pelo menos naquela região de Faerûn.

Mas eles não tinham tempo a perder. Se alguém tivesse conseguido passar por aquela porta, a situação era ainda mais grave. Se fossem os Zentharim, gravíssima. Eles não poderiam jamais colocar as mãos nas runas místicas, pois aquilo significaria a libertação do Tarrasque.



Oriseus destrancou a porta. Ele estaria orando por eles do lado de fora. A única forma de comandar a magia de proteção que mantinha a passagem fechada era manipulando as runas pelo lado de fora, por isso ele não poderia acompanhá-los.

Livorn tomou a dianteira. A escada era grande, feita de pedra rústica. A arquitetura - se é que havia alguma - era realmente muito antiga. O caminho estava iluminado. Mais uma prova de que alguém havia passado pelo lugar. O elfo tentou se destacar dos seus companheiros - principalmente do paladino, que era um sino de alerta ambulante.

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Livorn notou que havia alguém naquela sala. Havia também um enorme buraco no chão. Pelos trajes deles, vieram prontos para o combate. Mas o elfo não conseguiu identificar se eram mesmo Zentharim.

“Eu creio que devemos atacá-los, aproveitando o nosso elemento surpresa.” Disse Maximus.

Livorn concordou. Sabia muito bem da importância de aproveitar a desatenção do alvo. Aliás, construíra sua carreira nas fileiras da Igreja de Kelemvor exatamente desta forma.

Damodaran, no entanto, discordou. “Nós não devemos engajar em combate sem antes confirmarmos que tais invasores são hostis”.

Maximus e Livorn tentaram argumentar com o runepriest, mas no final o paladino sentiu o peso das palavras do minotauro. Se de fato fossem pacíficos os invasores - embora invasores -, ele, como paladino, deveria ser o representante de uma solução diplomática.

“Você está certo, Damodaran.” Disse, Maximus. “Um servo de Torm só recorre às armas como último recurso”.

E eles entraram na sala. No instante em que pisaram naquele lugar, entretanto, perceberam que não haveria espaço para diplomacia. Eram os zentharim. A batalha começara.



(continua...)

4 comentários:

Bruno(Kata) disse...

Ta fofo!!Supimpa!!
So de mais enfase em Maximus,afinal eu sou o ator principal!!!LOL

bjundas

Renato Carvalho disse...

Esqueceu a frase celebre:
- Alguém fala com os Zhemtarims.

Olaf:
- Zhentarim não se fala, se mata !

Daniel - Baltazar disse...

Os Paladinos são solícitos e, no caso de TORM, optam pela batalha em último caso. Foi um ímpeto no melhor estilo Barbarian 1/2 Orc.
Mas fique tranquilo...Damodaran os guiará pelos dogmas de Torm, tb conhecido como "O Juiz".
"Espadas e machados cortam...meu machado esmaga!"

WoW - Boss Killer disse...

rsrsrsrs eu li

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