Orbakh fora alertado de que o herói que matara Asservizz, o Sumo-Sacerdote de Cyric, fora visto numa taverna local perguntando pelo esconderijo de Manshoon. O Lorde Vampiro sabia que aquele era um guerreiro temível – o Sumo-Sacerdote era um inimigo poderoso. Mas ainda assim, tinha um defeito imperdoável – era mortal. Já Orbakh não sofria deste mal. Resolveu então acabar pessoalmente com o paladino.
Encontrou-o, estranhamente, dentro de um santuário de Cyric. Era um santuário secreto – poucos sabiam da sua existência naquela cidade. O pobre sacerdote morte aos pés do paladino, não deve ter oferecido qualquer resistência às suas habilidades. Mas Orbakh notou um detalhe – o golpe do paladino fora dado pelas costas. Não que isso lhe causasse repulsa, mas ele sabia da reputação daquele herói. Jamais cometeria assassinato, nem mesmo de um clérigo de Cyric. E aquela não tinha sido uma morte limpa.
Acompanhado de servos mortos-vivos, o vampiro entrou no templo. Tinha a vantagem do território, pensou.
“Vós estás se tornando muito bom em matar...quase posso dizer que teve prazer em tirar a vida deste sacerdote.” Disse Orbakh. O paladino permaneceu imóvel.
Orbakh, não se importou com o silêncio do inimigo. Acabaria logo com aquilo. Tinha outros afazeres e não perderia tempo com aquele mortal. “Ataquem.” Ordenou, em voz branda, aos seus servos mortos vivos.
O paladino se ergueu, mais rápido do que o Lorde Vampiro pode perceber. O tempo pareceu estático para ele. Ele caminhava pelos zumbis e esqueletos animados pela necromancia do Lorde Vampiro, e sua mera presença já lhes destruía. Aproximando-se do Lorde Vampiro, o paladino – ou o que quer que fosse – permitiu que o tempo voltasse a correr. Os guarda-costas pessoais deOrbakh atacaram, mas seus golpes eram muito lentos. De repente, a sombra do paladino se dividiu em duas, e com apenas um único golpe, destruíram os mais poderosos servos do vampiro.
A esta altura, Orbakh já havia assumido sua forma de névoa, e se espalhava pelo chão do santuário. Ele não poderia ser ferido nesta forma. Pelo menos foi o que ele achou.
O paladino sorriu. “Manshoon...você ousaria me atacar?” Sua voz era rouca e cansada. Ele caminhou lentamente pela névoa, do Lorde Vampiro. Desembanhou a sua espada. Mas era não era a sua espada. Ele retirou o capuz. O rosto continuava o mesmo, angelical e bondoso. Mas havia algo em seus olhos.
Orbakh – ou Manshoon – já ouvira esta voz antes. Além disto, poucos o conheciam por este nome. Mas quando o paladino apenas arrastou a sua espada sobre a névoa, ele entendeu tudo.
“Argh!!!” Gritou Manshoon, imediatamente retornando a sua forma corpórea. Caído no chão, o Lorde Vampiro sangrou, e sentiu-se vulnerável como há muito tempo não era. De repente, pensou que pudesse ser novamente mortal. Mas só um ser seria capaz de ter tanto poder...ele olhou para espada que o paladino empunhava. “Lorde Cyric?”
(continua...)
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
Nenhum comentário:
Postar um comentário