quinta-feira, 29 de julho de 2010

Forgotten Tales - "Forgotten Signs" - Marcados - Ato 4

Adohan destrancou a porta de acesso aos corredores inferiores. Ele não gostava de visitas. Aquele era um lugar que deveria permanecer inacessível, dizia sempre. Na sua frente, um simpático halfling portando a Marca da Cura, sorriu-lhe.

“Boa tarde, meu senhor.” Disse Laazam. “Eu vim em nome da Casa Jorasco.”

Laazam trazia, além dos seus pertences pessoais, um pouco de comida – que foi checada pelo carrancudo anão – e um pouco de esperança. Estava com um semblante feliz, pois sabia que poderia oferecer aos seus amigos a chance de deixarem aquelas celas.

Quando explicou-lhes a idéia, atribui-a à Lady Luusi. Em parte, estava sendo modesto e prestando as devidas honras à sua superior. Queria saber do grupo se eles concordavam em ajudar a Casa Jorasco nas suas pesquisas sobre as dragonmark aberrantes, e os riscos que elas representavam para Eberron. Ele explicou-lhes que aquilo poderia ajudar não somente a eles, mas a todos os que portavam as mesmas marcas, e eram vistos com medo e ressalva. Sua idéia – ou a de Lady Luusi, como queiram – era peticionar ao Rei de Breland para que os faerûnianos fossem postos em liberdade sob a responsabilidade da Casa dos portadores da Marca da Cura.

Laazam em pessoa era bem respeitado pelos seus pares da Casa Jorasco. “Um pouco liberal demais”, diziam alguns. Com o passar dos anos, superou uma desconfiança que havia em torno de si, em razão das suas idéias pouco ortodoxas. Havia conseguido gerir a Casa Jorasco em Sharn com muito sucesso, e os lucros da sua Casa da Cura eram memoráveis.

Por isso se surpreendeu tanto quando o Rei Boranel não lhe concedeu a autorização para deixar os faerûnianos sob sua responsabilidade. Ele era um dos nomes mais indicados para estudar as dragonmarks aberrantes, de fato já tinha até mesmo iniciado suas pesquisas. Ele defendia que os dragonmarked aberrantes simplesmente possuíam uma capacidade aleatória de manifestação mágica, o que gerava o medo. Mas, por si só, não eram bons ou maus. Ele acreditava que a intolerância com a qual estes eram tratados, fazia mais mal à civilização do que o próprio risco de uma nova destruição de Sharn.

(continua...)

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