quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Forgotten Tales – Dark Sun - “A Cisterna Mágica” – Parte 2


Aram e Bark chegaram em Tyr na manhã do terceiro dia de viagem. Estavam exaustos. O deserto de Athas era traiçoeiro, e mostrava-se mortal a cada hora que se passava nele. Não fossem as habilidades daquele mercador das dunas, e talvez jamais tivessem chegado com vida.

Havia uma enorme fila para receber a porção diária de água. Aram e Bark entreolharam-se – sabiam que necessitariam de água e comida para a jornada que fariam. Por isto, não hesitaram em aproximar-se dos mendigos que estavam jogados numa das ruelas de Tyr e tomar-lhes seus baldes.

Antes eles do que nós…”, pensaram.


Halkad estava entediado, mais uma vez. Costumava se divertir dando ordens exdrúxulas aos seus escravos, só para depois ler o que realmente pensavam. A melhor parte era quando ele lhes revelava ter lido suas mentes…

Reclamar? Você deve estar brincando? Eles são minha propriedade! Corpo e mente!” Disse o pequeno Halkad ao seu tutor, Shaka. Eles eram os únicos nobres kalashtar da cidade de Tyr. Trazidos pelo próprio Rei Tithian, no seu intento de criar escolas psiônicas cada vez melhores.

Shaka tentava muito educar o seu pupilo. Ele era um prodígio nos seus talentos psiônicos, mas extremamente mimado. E o Rei insistia em estragá-lo ainda mais, alimentando o seu ego com uma estória sobre avatares. O garoto então passou a acreditar que ele era um predestinado. Shaka sabia que não era para tanto. Confiança sem equilíbrio é perigosa. Mas de fato, o garoto tinha alguns lampejos brilhantes.

Num desses lampejos, Halkad interrompeu sua meditação e foi correndo até os Templários. Lá, disse ter sentido pela cidade uma inquietação interessante. Homens buscavam uma cisterna mágica, conhecida como a cisterna perdida de Aravek. Os templários, que antes não lhe deram muito crédito, passaram a ouví-lo.

Os mais experientes entre eles sabiam das lendas de Aravek, o mago que tentou criar água e foi morto pelo Feiticeiro-Rei Kalak. Não havia como o garoto conhecer esta história, exceto se realmente tivesse usado seus poderes psiônicos.

Eles parabenizaram Halkad, e mandaram chamar Darian, um templário jovem e bastante competente, a quem entregariam a missão. Mas não era apenas a sua competência que o qualificava. Os seus superiores o viam como alguém ainda cheio de idealismo, que precisava entender a dura realidade em que vivia – ou deixá-la para sempre.

Halkad ficara frustrado. Esperava ser presenteado com a possibilidade de participar daquela expedição. Queria sair daquela monotonia, conhecer mais do deserto. Talvez em breve…

(continua…)

Um comentário:

Hell disse...

Que saudades do Create Water de dnd3

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