quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Forgotten Tales - “Forgotten Signs” – Marcados – Ato 30

Ao final do primeiro dia da jornada, o grupo parou para descansar entre as árvores. Wilder parecia conhecer muito bem a floresta e seus atalhos. Encostaram-se num tronco de árvore deitado no chão, e prepararam uma fogueira. O patrulheiro saiu para caçar, e retornou com uma refeição de luxo: carne de cervo para todos. Ele era bem competente, certamente o maior especialista em sobrevivência e rastreamento que o grupo já tinha conhecido.

Wilder era um guerreiro de mente simples. Não fazia muitas conexões ou muitas teorias sobre as coisas. Ele os ajudava porque a causa era justa. Na sua cabeça, era só o que importava.

De muitas formas, Livorn se identificou com aquele shifter. A maneira como ambos utilizavam o fator surpresa foi um dos primeiros pontos de sintonia entre eles. Wilder, assim como Livorn, era um mestre na arte de esconder-se. Se o elfo desenvolvera suas habilidades nas duras ruas da civilização, o shifter o fizera na floresta. E ambos eram caçadores em seus respectivos habitats.

Outro ponto em comum entre eles era a experiência de vida que tiveram. A experiência de perda. Embora outros também tivessem sofrido com a morte de entes queridos no início da vida, Livorn viu em Wilder alguém que, como ele, tinha sido vítima do poder de uma organização que não se importara em passar por cima dos outros para atingir seus objetivos.

Livorn pensou em como aquele mundo insistia em discriminar os outros. Seu amigo, Damodaran, era vítima constante do pensamento apequenado desta gente. Mas talvez Livorn não tivesse se importado com isto à princípio. Só a situação de Wilder o fez acordar para o mal que aquele preconceito trazia a vida de outros.

Pensar que alguém matava crianças por causa das dragonmarks aberrantes. As mesmas marcas que ele trazia na pele. Livorn sabia o quanto aquilo era errado. Não havia nada de demoníaco naquelas marcas.

(continua…)

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