segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Forgotten Tales - "Forgotten Signs" - Marcados - Ato 33

Tendo derrotado todos os inimigos, o grupo avança na única direção que parece oferecer entrada àquele templo em ruínas. Uma enorme porta de pedra, contendo as esculturas em relevo de dois minotauros com machados em riste, defendendo, aos fundos, o que parecia ser o monarca daquele lugar – ou o deus. Ao abrirem a porta, deparam-se com um imenso salão, muito bem conservado para o estado das ruínas em geral, com um enorme tapete rubro que findava num altar de mármore.

Deitado sobre o altar, uma criança. Seria o filho de Allora? Na frente do menino, um sacerdote com um manto vermelho segurava uma espada curta e proferia algumas palavras em um idioma que lhes era desconhecido – até mesmo para Pyro. Ao perceber a chegada do grupo, o cultista sorriu, com o desdém característico de quem já não se importava mais...

“Vocês chegaram tarde demais!” Ele disse.


Antes que qualquer um pudesse objetar, o cultista golpeou a si mesmo com a espada cerimonial. Ajoelhado, sorriu por um instante. Acreditava estar fazendo a coisa certa. Livraria aquela pequena alma da maldição das dragonmarks aberrantes, e lhe permitiria reencarnar como um ser puro. Ele cria piamente que aquelas marcas na pele eram sinais de uma alma impura. Exceto pelo fato de que a criança não tinha qualquer dragonmark em seu corpo.

Reesir acreditava que a alma podia ser entendida muito além do que o corpo demonstrava. “Alguns segredos saltam à vista, outros não!” Costumava dizer o mago. Ele acreditava que as dragonshards eram capazes de identificar aqueles que possuíam esta marca dos "filhos de Khyber". Por esta razão, sempre soube encontrar aqueles que possuem capacidades especiais, mesmo que ainda não as tenham manifestado.

Enquanto isso, seu sangue escorria, preenchendo as fendas em direção aos pilares mágicos que brilhavam intensamente nas laterais do altar. Por um instante, entretanto, seu sorriso desapareceu. Seus olhos encheram-se de lágrimas.

E assim que Reesir enxergou a verdade, já era tarde. Exceto para o seu último suspiro.

(continua...)

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