quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Especial “Origens” – Herthanael – Ato 10

O treinamento era severo. Não bastava saber lutar. Era preciso saber como lutar. Não bastava saber matar. Era preciso saber como matar. O objetivo deles não era brandir espadas com qualquer um. Isto, um mero guerreiro poderia fazer. Também não lhes cabia adentrar nas lutas em defesa dos dogmas de sua religião. Haviam clérigos e paladinos aptos para isto.

Não. Seu trabalho era mais. Seu trabalho era oculto. Era aquilo que clérigos e paladinos se recusavam a fazer, e que alguns até reprovavam. Não se engane – a igreja de Torm não aprovava os métodos praticados por eles. Não abertamente. Mas todos sabiam que, em algum momento, a justiça precisaria de um lado mais duro.

“Nem sempre ser misericordioso é ser bom”

Mas ele mesmo precisaria estar pronto para ser este instrumento. Um vingador não pode nunca descuidar dos próprios passos. Aqueles que não são justos, não podem ser portadores da justiça. Aqueles que não a praticam, não podem exigí-la. “A pior morte, Herthanael, a mais dolorosa, deve ser àquela dada como punição à um Vingador que se afasta do caminho certo. Lembre-se disso”.

(continua…)
. Esta foi uma das primeiras lições que Rahel ensinou ao seu novo pupilo. “Há aqueles que já se perderam completamente, que não podem ser salvos pela misericórdia”. De acordo com a lição da vingadora, maldade seria deixá-los viver.

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