Um dia, no entanto, Rahel reecontrou-se com seus violadores. Tal como Herthanael havia feito, correu para o quarto em que estava hospedada na cidade, trancou-se, e chorou. Chorou muito.
De raiva, de medo, de sofrimento...de ódio. Chorou até não ter mais lágrimas para verter. No fim, decidiu que teria sua vingança, e, calculadamente, seguiu os Arcanos Vermelhos um a um, matando-os nos momentos em que estavam mais vulneráveis.
Isso, no entanto, não aplacou o seu sofrimento. Não lhe trouxe de volta a alegria. Não lhe restaurou o espírito. Como ela havia lhe ensinado, não bastava lutar e matar. Era preciso saber como e quem. Era preciso ter um propósito. Foi quando ela conheceu um velho mago, chamado Arkam Lordaerom. Ele viu uma bela eladrin perdida, sem propósito nos olhos, e dispôs-se a ajudá-la. Ele a ensinou sobre Tyr, o deus da Justiça, e sobre como os seus servos procuravam evitar que pessoas malignas perpetuassem seus atos.
“Você tem que punir os agentes, se necessário. Mas somente vencerá a guerra, se atacar o mal na sua própria raiz.” Disse o sábio arcano. Ele a orientou a procurar um templo próximo aos Picos da Tempestade. Algum tempo depois, ela ouviu rumores sobre a morte do arquimago.
“Venha comigo, Herthanael”. Disse Rahel. “Eu desejo que você veja uma coisa com os seus próprios olhos, para que entenda.”
(continua…)
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