sábado, 28 de agosto de 2010

"Forgotten Signs" - Relatos: Maximus - Marcados

(Texto escrito por Kata. Revisão e edição, Dorei Master [DM])

As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas em Eberron. Andávamos abalados, e a vontade de retornar à Faerûn ofuscava a razão da grande maioria.

Travamos várias batalhas em Eberron, tivemos sucessos em todas, a não ser a única em que estavámos divididos...aliás,depois dessa batalha comecei a me preocupar.

Artrong andava diferente, desmotivado. Herthanael andava inquieto, afoito, e parecia fazer jus a sua alcunha de "Vingador". Os demais agiam seguindo suas condutas e crenças, mas confesso que há uma divergência entre nossas personalidades .Mas o que tem mais me preocupado é o comportamento do minotauro...

Damodaran, que antes possuía convicções parecidas com as minhas, agora parece estar seguindo um outro caminho. Parece que o preconceito por ele sofrido tem desintegrado pouco a pouco sua humanidade. Tem ficado distante e cada vez mais parecido com os verdadeiros minotauros.

Quanto a Livorn e Pyro, não fogem de seus esteriótipos. Livorn sempre foi frio, resolve as coisas a sua maneira e opta primeiro por suas ambições. Pyro,que conheço a pouco tempo, tem o mesmo perfil, quase um mercenário.

Cabe a mim agora manter-me firme, ser o elo forte do grupo, para evitar que essa corrente se quebre. Precisamos uns dos outros, e eles dependem demais de mim. Tenho que manter minha convicção e mostrar-lhes que podemos conseguir nossos objetivos sem termos que mudar nossas opiniões e crenças.

A última emboscada que sofremos foi pífia. Um grupo de amadores, desorganizados e sem experiência. Foram rapidamente abatidos por nós. Após o desfecho, três deles se renderam e pediram misericórdia. Como em qualquer situação de guerra,decidimos interrogá-los e tentar descobrir quem foi o mandante de tal ato.

Para nossa surpresa eles conheciam não só nossos nomes,mas também nossas personalidades.Sabiam que eu não os torturaria, muito menos tiraria suas vidas. Depois de uma guerra de egos entre nosso grupo, para decidir o que fazer com aqueles três, optei por deixá-los livres. Não adiantaria prendê-los ou levá-los até a justiça deste mundo, que confesso, é totalmente diferente da justiça que conheço.

Herthanael queria matá-los, Livorn extrair as informações do modo dele. Enquanto eu estiver do lado deles não deixarei que façam tal atos. Mandei que fossem embora,tirei suas armas e pertences e os liberei. EU os liberei, Herthanael não.

Quando virei as costas, só deu para ouvir o grito de dor de um dos mercenários... Herthanael executou aquele pobre sem nenhuma piedade ou consciência.E se não fosse por minha intervenção,os outros teriam o mesmo destino.

Consegui conter o ímpeto assassino do meu amigo e os dois mercenários fugiram dali o mais depressa que conseguiram.

Ainda houve questionamentos de uma grande maioria dizendo que após essa ação poderíamos ser vistos com maus olhos, poderíamos perder nossa moral, sermos desrespeitados...Devemos buscar o respeito sim, mas não nos tornando assassinos ou sendo tão crueis quanto os outros. Eles já estavam derrotados...

Concordamos todos que o grupo precisava de um líder. Uma pessoa que pudesse guiar todos ao caminho certo, tomar as decisões e manter o grupo unido. Por um momento sorri e pensei:

"Já faço isso há muito tempo, então, quem melhor que eu para essa função?"

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