Eles não sabiam o que pensar. Sentiram-se injustiçados pelos habitantes locais, afinal, acabaram de derrotar o dragão que certamente representara uma das maiores ameaças que aquela gente humilde jamais veria em toda a sua vida.
Ainda assim, compreendiam suas motivações. Não levariam mais do que o tempo necessário para saírem dali, em respeito à vontade do povo.
Mas nem todos os queriam ver distantes. Uma jovem se aproximou. Chorando, revelou-lhes que, no calor da confusão, seu pequeno filho desapareceu. Ele adentrou a floresta, com medo do que o dragão poderia lhe fazer. Mal sabia ele que uma floresta escondia ameaças ainda piores.
Eles relutaram em ajudar, mas no final, Artrong insistiu em colaborar com aquela dama. Ela era uma mãe desesperada por seu filho, e além disso, ele havia se identificado com a dor dela. Quais perigos o pequeno garoto deveria estar correndo? Os mesmos que o seu filho? Sim, ele iria ajudar, definitivamente.
Mas além de tudo, Artrong não parava de pensar na tremenda coincidência que era toda aquela situação. E a maior delas, era que Allora, a mãe da criança, era fisicamente idêntica à sua Crystal.
(continua...)
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