segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Forgotten Tales - "Forgotten Signs" - Marcados - Ato 22

Quando o grupo se deparou com aquela cena, surpreenderam-se todos. Passaram dias perseguindo os  rastros dos orcs, e quando finalmente desistiram, os encontraram. Era o momento certo, então. Momento de atacar, de recuperar a honra do eladrin, de resgatar o respeito que eles próprios tinham por si mesmos, como grupo.

Mas aquela criança - com face de orc, mas ainda assim com semblante inocente - mudou tudo.

Como atacar diante daquilo? Como ignorar o fato de que aquela inocente criatura, rejeitada e maltratada por muitos devido à sua aparência, estava agora morta nos braços do Chefe Orc, que chorava muito a sua perda?

Damodaran foi o primeiro a identificar-se com aquela situação. “O que há de diferente entre a dor de Allora, e a dor deste orc?”. A verdade é que o minotauro achava – e tinha razão – que um humano naquela situação teria o seu luto e a sua dor respeitados, ao menos pelos seus inimigos honrados.

Ele, Damodaran, agora lembrara-se de que era um servo de Torm, e que honrar os inimigos caídos era um dos seus dogmas. E embora eles não tivessem ainda lutado, era nítido que, ao menos em espírito, o Chefe Orc, já estava derrotado. Não importa se ele teria feito o mesmo ou não – embora o tenha, à época da derrota de Artrong. O que importava para ele era que, naquele momento, lutar seria um ato de covardia. Os demais também se sentiram desconfortáveis com aquela situação.

O Chefe Orc, embora tivesse notado a presença deles, não deu muito importância. Era quase como se não se importasse com o que lhe acontecesse. Era como se já tivesse perdido tudo o que lhe era precioso.

Maximus, que havia avocado para si o papel de liderança, muito embora ninguém o tenha formalmente ratificado como tal, era o primeiro a ter suas considerações sobre o que ali ocorria.

(continua...)

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