(Baseado no texto escrito por Regino)
Herthanael havia matado os guerreiros, mas não estava bem. Tanto os ferimentos antigos se abriram com seus movimentos, como novos foram adicionados ao seu torso. Na hora, o elfo nem sequer percebera isto. Agora, no entanto, parecia sentir o efeito de ter perdido muito sangue. Sua vista turvava, e ele precisava se apoiar na espada para não cair. Entrou na cozinha.
Sobre a mesa, o guerreiro violentava a filha do taverneiro, que chorava. Na mente de Herthanael, entretanto, não era um humano, mas sim um orc, quem praticava aquela selvageria. Sua mente já não discernia muito bem o que os seus olhos viam. Montado em cima da jovem, o guerreiro virou o pescoço e viu o elfo já dentro da cozinha, parado. “Vá embora daqui, verme!”
Esforçando-se para manter-se em pé, Herthanael precisou das duas mãos para erguer a espada, apontando-a para o guerreiro. Irritado por ter que interromper sua diversão, aquele enorme humano urrou de raiva e tirou seu machado das costas. “Você quer que eu te mate antes, então, verme? Maldito!”
Herthanael não tivera muita chance. Tinha tido poucas lições de espada na sua vida, e sua maior habilidade não estava no manejo de armas. Conseguira derrotar os demais guerreiros num rompante de fúria, muito graças à sua sorte. Com três golpes, o elfo fora desarmado e em seguida arremessado pela porta da cozinha, caindo no salão da taverna, ensanguentado. Olhou para cima, e viu o guerreiro. “Estou morto.” Pensou. “Ótimo.” Com um sorriso no rosto, Herthanael desmaiou.
(continua...)
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