Artrong estava acampado há alguns dias de Chessenta. Em breve chegaria ao seu destino, onde poderia procurar por sua amada. Há muitos anos o mestre de espadas eladrin ansiava por revê-la. Crystal havia sido o amor de sua vida, e carregara consigo o seu mais valioso bem.
Artrong ouviu passos. Alguém se aproximava da sua tenda. Buscou por sua espada e mirando as árvores à sua frente, teleportou-se. Se fosse um inimigo, não o encontraria indefeso.
Mas ao contrário – aquela que se aproximava estava longe de ser sua adversária.
“Tudo bem, Artrong?” Perguntou Herthanael, fazendo com que o eladrin voltasse do seu flashback. Caminhando na floresta de Breland, Artrong considerava aquela última derrota a pior que já sofrera. Todas as batalhas tinham seus reveses. Entrar em combate já pressupunha o risco da morte. Mas aquele último fora um duelo. Contra um orc.
Certamente, Herthanael era o único que lhe compreendia. Não era fácil conviver com a submissão a qual aquele inimigo lhe havia imposto. “Talvez”, pensou Artrong, “melhor tivesse sido a morte honrosa no campo de batalha.”
Ele nunca tivera nada contra os raevandeer, mas sabia que Maximus jamais compreenderia o dessabor do qual era provara. Não havia crescido com as cobranças das tradições élficas. Ainda mais aquelas impostas aos Aeldae, dos quais Artrong era membro.
“Eu estou bem, amigo...eu estou bem.”
(continua…)
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