(Baseado no texto escrito por Regino)
Seu pacato vilarejo estava em chamas. Orcs destruíam e matavam tudo o que encontravam pela frente. Herthanael ainda se lembra de ouvir o seu pai gritar “Corra!”, antes de ser atingido pelas costas. O machado não dera chance para Rauthar, que morreu na hora.
Herthanael ainda se lembra daquele momento. Se lembra do corpo do seu pai caindo no solo, de sua cabeça batendo no chão fortemente, ainda com os olhos abertos, mas sem vida. Seus olhos, aliás, marcaram as memórias do elfo. Ele se escondeu. “Onde está a minha mãe?”, pensou. Queria muito sair para ajudá-la, mas tinha medo.
“Minha mãe...” Congelado, Herthanael lutava consigo mesmo. Amava sua mãe, mas queria sobreviver. E foi somente após aquele massacre, quando o silêncio imperou no vilarejo, que o elfo saiu do seu esconderijo. Ele chorava a cada passo. Todos aqueles que ele conhecia estavam mortos.
Tendo avistado o corpo de sua mãe, Herthanael ajoelhou-se. Chorava de soluçar. Lembrou-se dos anos em que vivera ali, das pessoas que conhecia, e do amor dos seus pais. Odiou os orcs pelo que fizeram. Mas odiou-se a si mesmo, pela covardia que demonstrara naquele dia.
(continua...)
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