“Aelradae...já se esqueceu que tudo o que sabe, fui eu quem lhe ensinei?” A voz e a aparência eram inconfundíveis. Imediatamente Artrong se lembrou dos anos em que era mais jovem, e dos seus dias sob a tutela da grande guerreira genasi Gwind, conhecida pela alcunha de Esmeralda.
Não acreditara que a sua mestra estavesse ali. Depois de tantos anos separados, desde a época em que Gwind partiu, levando consigo o seu grande amor, Crystal. Inclusive, pensou o eladrin, sua presença poderia significar que sua amada e seu filho estavam mais próximos do que ele imaginara.
“Não se aflija, Artrong!” Disse Maximus. “Nós retornaremos para recuperar a sua honra!”
No entanto, não era isso que incomodava o eladrin. Já vivera o suficiente para saber que as batalhas não eram, por si só, capazes de extrair a honra de alguém. Era preciso mais do que uma simples derrota para se considerar alguém desonrado.
A expectativa de Artrong estava diretamente ligada à reação de Allora. Ela – que é a expressão esculpida em carrara da sua Crystal – certamente ficaria decepcionada com a falha de Artrong. E ele lhe havia dado sua palavra de honra. Ou seja, mais honra tinha deixado o eladrin nas palavras entregues àquela humana, do que na queda ao machado do Chefe Orc.
O povo Eladrin, assim como os seus descendentes elfos, eram muito apegados à palavra. Como viviam centenas de anos, um compromisso sempre era firmado com extremo cuidado, pois poderia persegui-los durante centenas de anos. Seja a cobrança de seu cumprimento, seja o fardo de sua falha.
(continua…)
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