terça-feira, 31 de agosto de 2010

Forgotten Tales - "Forgotten Signs" - Marcados - Ato 24

Akanor Ak'Muur sempre fora diferente dos demais membros da sua raça. De muitas maneiras, ele era mais capacitado que seus irmãos. Destacava-se intelectualmente dos demais, além de sempre ter sido fisicamente muito forte.

Talvez tivesse algo a ver com a marca em sua pele. Desde que Groak o encontrou e o adotou como seu filho, soubera que o destino de Akanor estava ligado a algo maior.


Pyro não compreendia a atitude de Damodaran. Eles eram orcs. O único direito que um monstro destes possui é a morte. "E de morrerem calados, sem reclamar", disse Pyro. Seu olhar era de incredulidade. E daí que o orc havia perdido o filho? Era menos um Eberron...

Maximus olhou para Pyro, e lhe disse que não havia necessidade de lutarem. O orc já lhes havia devolvido os equipamentos de Artrong. O olhar de Pyro pareceu decepcionar-se. Ele aparentava ter sede de sangue.

"Ele teve a punição que merece", disse Maximus.

Até mesmo Livorn se surpreendera com as palavras do paladino de Torm. Não que ele estivesse com pena do orc, mas como um servo de Kelemvor, sabia que era muito incomum que seu deus aceitasse as mortes de criaturas em um estágio tão primário de vida. Quem quer que estivesse fazendo aquilo, estava subvertendo a ordem natural, e deveria ser impedido.

Artrong, aquele entre todos que mais motivos tinha para odiar aquele orc, não quis fazê-lo. Humilde, ele se aproximou de Damodaran e de seu outrora oponente, que parecia avesso a todas aquelas ofensas. Akanor, na verdade, não estava prestando atenção no que diziam Maximus e os demais. Não era momento para trocar ofensas com aqueles humanóides, ditos civilizados.

Entendendo isto, o swordmage ajoelhou em frente ao orc e desembainhou a sua espada - bem devagar, para não assustá-lo. Segurou-a horizontalmente com as duas mãos, e como que oferecendo-a ao Chefe Orc, fez um gesto simbólico, típico dos guerreiros de Myth Drannor. Ele se curvou ao orc, com um espírito desarmado que dificilmente seria compreendido por homens de idéias e ideais comuns. Mas Artrong não era um destes. Ele se esquecera disto nos últimos dias, talvez. Ele era um dos guerreiros da elite dos eladrin. Ele era um aeldae.

"Ofereço-te minha espada em sinal de que, hoje, não há contenda entre nós." Disse o swordmage. "Hoje, eu sou o teu irmão e você é o meu...e prantearei contigo, até que tua dor tenha se dissipado."

Akanor lhe agradeceu. Estendeu-lhe o saco de pano onde estavam enrolados os seus equipamentos. "Você é um guerreiro honrado, nobre elfo. Não deixe que as suas derrotas lhe desviem do seu ideal." Por um momento, os dois se olharam e se compreenderam. Não haveria mais rixas entre ambos dali para frente. Akanor estendeu sua mão na direção do eladrin, e com os olhos marejados, completou suas palavras.

"Às vezes um tropeço pode evitar uma queda..."

(continua...)

10 comentários:

Pyro disse...

- No meu antigo mundo, os guerreiros usavam espadas e não lenços. Pyro virou as costas para a cena patética que ele jurava não ter presenciado.

Saiu resmungando consigo mesmo em voz baixa: -Como pode? Um GUERREIRO oferecendo sua espada para um orc?

Pyro já esteve dentro de alguns conflitos armados e via os guerreiros como uma força crucial e decisiva nas batalhas. Eles eram a linha de frente de combate, não existia medo nem terror em suas faces. Suas espadas nada temiam. Eles levavam o pelotão sempre adiante numa guerra.

Pyro apenas abaixou a cabeça, deu de ombros e continuou andando...

Anônimo disse...

De fato Damodaran sabia que um nativo de Eberron como Pyro não teria
uma atitude tão nobre quanto a de Artong...
As atitudes do arcano só fazem reafirmar o que o Minotauro
percebera...A sofisticação e a tecnologia, cegaram este povo! A falta
de uma crença os fazem somente acreditar em sí próprios!
Terminado o ritual fúnebre, Damodaran se ofereçerá para punir o Algoz
da pequena criatura... Mestre Orc, sabes onde o encontramos?!
Vamos conosco! Marche ao meu lado!
By Damodaram

Unknown disse...

Ao perceber aquele fuzuê,Maximus se espantou com a compaixão excessiva dos seus amigos.Mesmo ele sendo um paladino de Torm,não acreditava nas palavras que ouvira dos seus aliados.Mesmo porque, outrora, aquele orc dificultou nossa missão de resgatar o filho de Alora e ainda por cima se aproveitou de nossa desvantagem numerica, querendo usurpar nosso ouro e itens.Uma pessoa honrada não faria isso,se tivesse uma boa índole teria nos ajudado ou dito que a criança não estava com ele e nos poupado um tempo precioso.Teria evitado também o pranto de Alora,que vive situação parecida a dele.
Ao ouvir Damodaran dizer que o ajudaria, com um ar de revolta Maximus exclamou:
-Não o compreendo Damodaran!Queres brandir tua espada com o Orc que não conheces e quando teus amigos precisaram de ti,tu não uniu-se a eles!Esqueceram que ele dificultou nossa empreitada na floresta para resgatar o filho de Alora?Ele perdeu seu ente querido e Alora também pode ter perdido.Me espanta a compaixão excessiva de vocês e sua falta de critério Damodaran!Pois,por você não ter ido comigo,Herthanel e Artrong,poderiamos ter morrido naquela floresta.
Vamos deixar tudo isso de lado e ver os verdadeiros culpados por isso!Talvez o filho de Alora ainda esteja vivo e é por esse unico motivo que eu irei atras desses usurpadores de vidas inocentes.
Compadeço-me de sua perda orc!Mais ratifico que essa foi uma punição dos Deuses pelo seu comportamento desvirtuoso.Não posso brandir minha espada com você,pois minha espada carrega a justiça e a luz,ela jamais se unirá com as trevas!
Levante-se Artrong,veja a face do seu verdadeiro amigo e junte-se a mim para encontrarmos o filho de Alora.Erga-te Damodaran e marche junto conosco.
Quanto a você orc,que Torm tenha piedade da sua alma e que você possa enchergar o caminho da luz de agora em diante!

Apos essas palavras,Maximus virou-se e seguiu em frente.

Unknown disse...

Ao perceber aquele fuzuê,Maximus se espantou com a compaixão excessiva dos seus amigos.Mesmo ele sendo um paladino de Torm,não acreditava nas palavras que ouvira dos seus aliados.Mesmo porque, outrora, aquele orc dificultou nossa missão de resgatar o filho de Alora e ainda por cima se aproveitou de nossa desvantagem numerica, querendo usurpar nosso ouro e itens.Uma pessoa honrada não faria isso,se tivesse uma boa índole teria nos ajudado ou dito que a criança não estava com ele e nos poupado um tempo precioso.Teria evitado também o pranto de Alora,que vive situação parecida a dele.
Ao ouvir Damodaran dizer que o ajudaria, com um ar de revolta Maximus exclamou:
-Não o compreendo Damodaran!Queres brandir tua espada com o Orc que não conheces e quando teus amigos precisaram de ti,tu não uniu-se a eles!Esqueceram que ele dificultou nossa empreitada na floresta para resgatar o filho de Alora?Ele perdeu seu ente querido e Alora também pode ter perdido.Me espanta a compaixão excessiva de vocês e sua falta de critério Damodaran!Pois,por você não ter ido comigo,Herthanel e Artrong,poderiamos ter morrido naquela floresta.
Vamos deixar tudo isso de lado e ver os verdadeiros culpados por isso!Talvez o filho de Alora ainda esteja vivo e é por esse unico motivo que eu irei atras desses usurpadores de vidas inocentes.
Compadeço-me de sua perda orc!Mais ratifico que essa foi uma punição dos Deuses pelo seu comportamento desvirtuoso.Não posso brandir minha espada com você,pois minha espada carrega a justiça e a luz,ela jamais se unirá com as trevas!
Levante-se Artrong,veja a face do seu verdadeiro amigo e junte-se a mim para encontrarmos o filho de Alora.Erga-te Damodaran e marche junto conosco.
Quanto a você orc,que Torm tenha piedade da sua alma e que você possa enchergar o caminho da luz de agora em diante!

Apos essas palavras,Maximus virou-se e seguiu em frente.

Pyro disse...

[alguns dias atrás um orc tinha tirado a honra de Artrong, alguns dias atrás Herthanael havia se enfurecido com Pyro porque ele havia coberto Artrong semi-nu com sua capa, alguns dias atrás o grupo havia discutido ferozmente porque queria se desviar da missão primária e queria recuperar a honra de Artrong matando um orc líder, apenas alguns dias atrás...]

Pyro se isolou totalmente do grupo e tentou ler alguns manuscritos antigos que ele levava consigo. Ele tentava entender como criar alguns itens mágicos para ajudar o seu grupo. Tudo o que ele havia aprendido não funcionava nesse mundo (Dorei, essa é a sua deixa!). Passou algumas horas estudando sozinho enquanto todos choravam ao redor da fogueira. Vez ou outra, ficava fascinado olhando para o fogo ardente vindo da fogueira. O calor do fogo deixava Pyro com lembranças de quando ele ainda era um bebê e via a carruagem que o levava em chamas.

Na verdade, Pyro tentou colocar seu corpo e a sua mente fora daquela situação de perda que ele já havia sentido antes quando perdeu seu pai adotivo na pequena vila de Arcanix.

- Assim que essa choradeira acabar, vou conversar com o chifrudinho, pensou Pyro, confiante que Damodaram iria tomar a frente nessa discussão e acertar a cabeça do maldito orc com sua marreta. Afinal de contas,era esse orc que tinha eliminado o que sobrou da honra de Artrong alguns dias atrás...

- Com certeza Damodaran vai liderar o grupo nesses momentos difíceis. Afinal, a liderança é um dos atributos básicos de um Runepriest. Ele dará o primeiro golpe. A mão de Pyro começou a queimar pronto para lançar a Fireball tão desejada até que Damodaram disse:
- Mestre Orc, sabes onde o encontramos?! Vamos conosco! Marche ao meu lado!

Pyro pensou duas vezes em mandar a fireball em todos que estavam naquele círculo quase consumidos pelas trevas quando Maximus surgiu e salvou tudo...

Após ouvir o relato de Maximus, Pyro fechou sua mão e o fogo se extinguiu. Maximus havia dito o que deveria ser dito para o maldito orc. A sede de sangue orc ainda não estava eliminada.




Quando a cerimônia terminou, Pyro voltou até o centro onde encontrou todos com lágrimas nos olhos. talvez ele tivesse lembrado da perda de seu pai adotivo e se distanciado para

Anônimo disse...

Maximus,
Fale por sí só...Não é a primeira e nem a última vez que vejo fazeres um julgamento errôneo... Pelo que me lembro, vocês invadiram uma caverna onde tinham Ursos tomando conta, caminharam sobre terras que não sabes de quem é... Fazes afirmações que tampouco sei que é verdade! Para julgar, primeiro deves ser imparcial...neste momento, de fato brandirei meu martelo ao lado do Orc em detrimento de alguns "amigos" preconceituosos que sequer uma vez ficaram ao meu lado quando fui preterido por este povo! Pare de falar e ouça! Sua extremada auto-estima ainda o trairá!! Não eu!! É Simples...ou venha conosco ou siga outro caminho!
Ass: Damodaram

Unknown disse...

Damodaran,
-O meu julgamento é errôneo?Já parou para medir sua palavras??Este o qual você oferece ajuda foi o mesmo que queria usurpar os nosso itens e ouro!E não estavamos em cavernas com ursos,os orcs controlavam os ursos!Ele dificultou nossa empreitada a qual você recusou-se ir!Ele impôs sua vontade pela quantidade numérica e teria tirado a vida de Artrong caso eu não interferisse.Consegue ver honra nesse comportamento?Seus verdadeiros aliados somos nós,que estamos sempre do seu lado nos momentos dificeis!E ajudando-o a suportar o preconceito por você sofrido.
MInha palavra final´é esta,se esse orc for marchar a teu lado,não conte com minha presença!
E se todos do grupo concordarem em marchar ao lado do orc,então nosso ciclo termina aqui!Seguirei meu caminho sozinho,pois verei que vocÊs não tem senso nenhum.

Pyro disse...

Maximus falou:
"- E se todos do grupo concordarem em marchar ao lado do orc,então nosso ciclo termina aqui!Seguirei meu caminho sozinho,pois verei que vocÊs não tem senso nenhum."

Pyro se deu conta que o Paladino gostava de agir sozinho. Essa não era a primeira vez que Maximus disse que ia seguir o caminho sozinho. Ao invés de usar toda a sua diplomacia para convencer aqueles que possuem pontos de vistas diferentes do dele, o nosso auto intitulado líder virava as costas para o grupo e saía marchando sozinho.

Pyro se aproximou de Livorn e comentou em voz baixa:
- O que Kelemvor acha disso meu amigo sombrio? Iremos ter sucesso em nossa empreitada ou iremos cair diante da primeira difícil decisão a ser tomada?

E Pyro prosseguiu andando de cabeça baixa seguindo Maximus, mas esperava uma atitude mais hostil em relação ao chefe orc.

Anônimo disse...

Possivelmente minhas palavras não ecoaram como deveria ou mesmo o sabor amargo delas fizeram os paladares mais vaidosos se aflorar.
O que digo é AGORA não é hora de lutas ou atitudes hostís...Me compadeço da dor deste Orc, sim! E pelo que minha sababedoria me diz, temos inimigos em comum...Prefiro unir forças para derrotar quem praticou tal ritual macabro, no qual imagino também ter sido o Orc uma vítima. Depois disso, se ainda houver diferença entre vocês vocês a tirem sem que haja a minha intervenção...
Pelo egoísmo e falta de visão de vocês, me vejo obrigado a pedir encarecidamente que este Orc responda... Vocês praticaram algum ato profano com aquele menino? Eu, Damodaram acredito que não pelos fatos apresentados... Pelo que pude ver, somos vítimas do mesmo mal...
Não estou aqui desmerecendo nenhum amigo, mesmo que nenhum deles se compadeça dos preconceitos que sofro, em meu primeiro pronunciamento eu pedi um voto de confiança... Só pedi por achar que devo mereçe-lo. E por achar uma tremenda falta de honrradez não respeitar o luto deste guerreiro.
Deixe-o chorar pelo seu ente querido!!
Damodaram

Pyro disse...

Damodaram me chamou para conversar sobre o incidente com os orcs e ursos na caverna e me convenceu a ajudar o chefe orc.

Porque o orc iria apenas levar os itens de Artrong e nao o de todos e desovar os corpos na primeira vala?

Assim que nós chegamos próximos a ele. O orc se prontificou em devolver os itens de Artrong. Não ofereceu nenhuma resistencia a nossa chegada. Apenas desprezou o grupo.

Quem sabe ele estava procurando o filho dele na caverna e achou que o grupo tinha feito o ritual com a crianca dentro dela?

Qual o poder dele na execucao de um ritual? Ele nao parece um usuario de magias e sim um guerreiro.

Acho que podemos dar um voto de confianca para o nosso talvez novo aliado.

Estou com o orc e Damodaran

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